83, Rue de Rennes 75006

L'incurie de la toilette est un suicide moral.

vendredi, septembre 29, 2006

Uma das grandes vantagens de ser aluna de História da Arte é que você não paga entrada em nenhum museu por aqui. Imaginem, como eu economizo com isso! De qualquer jeito, eu tenho a carteirinha do Louvre e do Orsay porque elas dão várias facilidades como, por exemplo, fura-fila. Na terça, como falei no último post, visitei o Musée Cernuschi. Como sou totalmente leiga em qualquer coisa proveniente do Oriente, achei melhor começar a me familiarizar.

Vi uma exposição bacaninha sobre os persas sassanidas (sassanides), que dominaram desde o século III até VII uma área gigantesca que vai desde a Turquia, pegando o Irã, chegando até a pegar uma parte da China. E, como muitas dessas civilizações "esquecidas", a maioria dos objetos foram encontrados em regiões que não pertenciam à dinastia sassanida. Na verdade, essas peças eram presentes trocados entre os sassanidas e outros povos. O destaque vai para toda a parte de prataria e verrerie (sei lá como se traduz). Depois ainda dei uma olhada no acervo permanente de arte chinesa do museu para ver a evolução. Nem preciso mencionar que eu sai bem confusa, né... dinastia Shang, Ming, Qing, Tang...

Ontem fui conferir o Musée de l'Orangerie, que estava fechado já há algum tempo para reformas. Até que tinha relativamente bastante gente. Isso porque lá se encontra "Les Nymphéas", do Monet. Não sei... Monet me lembra muito a minha infância. Linéia e tudo mais. Hoje em dia, não me atrai muito. Aliás, outro pintor que me lembra muito minha infância é o Renoir. Mas ele eu já acho bem mais interessante. E lá tem um acervo enorme de Renoir (que faz parte da coleção do Jean Walter e do Paul Guillaume), inclusive o meu quadro favorito de quando eu tinha 8, 9 anos: "Meninas ao piano".

Enfim, eu cresci e meu gosto mudou. Hoje eu gosto dos Matisses e dos Modiglianis que estão lá. Mais dos Matisses do que dos Modiglianis. Para minha decepção, não tinha nenhuma mulher linda de olho fulminante e pescoção. Tinha só um retrato de homem. E homem, pelo menos na arte, não me interessa muito. As mulheres são bem mais interessantes.

OK, tudo tem sua exceção, né? Hoje vi dois quadros no Louvre, que acabaram entrando na minha top 15 quadros mais engraçados. E, não por acaso, homens figuram neles. Ambos são quadros de pintores flamencos do final do século XVI. O primeiro se chama "Le nain du Cardinal de Granvelle tenant un gros chien", de Anthonis Mor Van Dashorst, e o segundo "Un receveur de la ville de Reymerswaele et son garant financier" (1540), de Marinus van Reymerswaele (só que não estou conseguindo postar).



Não é engraçado? Hoje fiquei a tarde inteira no Louvre e lá é um dos meus lugares favoritos em todo o mundo. Enquanto milhares de pessoas se esbofetavam para a ver a Mona Lisa - que, by the way, sou fã -, eu estava cara a cara com aquele Vermeer liiiiiiiiiindo (esqueci o nome, mas é aquele da mulher costurando). Só eu e ele. A maioria das salas, tirando toda a ala de pintores italianos, ficam às moscas pelo tamanho do museu. O resto dos turistas que não estão lá, acabam se diluindo pelas outras partes. Para completar meu tour por todas as salas de pintura do norte europeu, entrei na sala da Maria de Médicis que é simplesmente um luxo. Que mulher! Essa entra na seção "Diva do Momento" já, já...

1 Comments:

Blogger carolina said...

que deliciaaaaa.

6:32 PM  

Enregistrer un commentaire

<< Home