O brunch - parte 2
Queridos leitores, me desculpem pela demora, mas começou a época de partiels. Agora estou ligeiramente preocupada porque a intensidade do événement do dia 25 de novembro, o brunch, se dissipou na minha memória! Mas, calma, calma, se Proust foi capaz de traçar seu tempo perdido a partir de uma madeleine porque eu não conseguiria me lembrar de algo que aconteceu há uma semana? Só não esperem exatidão!
Onde eu estava? Ah sim! Rue de Buci. Tinha acabado de sair da Aquarelle. Tal qual uma grande mamma de filme do Fellini, eu carregava minhas crias - Peggy (que, by the way, já morreu!) e os livros - nos braços. Sintam o drama: chovia, ventava muito forte e, ainda por cima, estava num bad hair day (parecia uma trombadinha porque em bad hair days eu enfio meu cabelo pra dentro de algum chapéu). Para piorar, comecei a sentir a minha barriga roncando e me lembrei de que ainda não havia comido nada! Eu era a própria Anna Magnani naquele filme do Visconti. O cenário era um pouco trágico, mas para vocês verem o nível do meu otimismo em relação ao brunch, eu almocei sorvete do Amorino! Sopa, frango grelhado ou macarrão eram muito banais para esse dia.
Passei no supermercado, comprei cookies da LU, chocolate Lindt e chás diversos. Depois entrei na pâtisserie maravilhosa que tem aqui na esquina de casa e pedi para a moça do balcão croissants e o gâteau que fica na vitrine, que eu sempre tive vontade de experimentar. Quando falei gâteau ela não entendeu nada. "Ah, vous voulez dire le cake"? Pois então, na padaria da esquina bolo não é gâteau, é cake. Realmente, os tempos mudaram. Escolhi o de chocolate com vanilla e voltei para casa.
No caminho, meu celular toca. Dominika, a polonesa, e Hyomin, a coreana, demoraram uma hora para entrar na biblioteca do Beaubourg e, par conséquence, não poderiam comparecer ao brunch. Dominika se explicava/desculpava repetindo os mesmo argumentos de diversas formas diferentes, já que ela sabia que essa notícia teria o mesmo impacto de uma Hiroshima na minha pessoa!
The show must go on, já dizia a letra do Queen.
To be continue...
14 Comments:
vc está me saindo uma bela marketeira contando histórias em capítulos pra garantir a volta dos leitores!
Tudo é uma música, um livro ou um filme?
não creio... vc é melhor q uma história em 3 partes.
se houver uma 4a, eu, mesmo sendo leitora fiel, n volto.
e tenho dito.
Você é uma figura raríssima. Tenho me divertido aqui, especialmente com algumas de suas frases e detalhes...
É bebel, tô com a Ines e não abro! Só aguento mais uma parte nesse suspense infernal... é como se a gente nunca... Sabe? Se satisfizesse mais!
Ora!
Hunf!
oh, peggy...se foi tão cedo....
EU TENHO A TERCEIRA PARTE DA HISTÓRIA, a Bete me contou!
Rá!
conta pra gente, conta pra gente!!!
vou dar uma chance pra Bebel contar porque do jeito dela vai ser mais engraçado, mas se ela demorara mais que 2 dias eu conto!
EU OUVI "parte 3 e final"?
alôooo? a isabel está? não? ah, por favor deixe um recado pra ela: aqui é a inês e eu queria q ela contasse logo a parte 3... é urgente, vc não esquece de dar o recado? ok, obrigada. ciao!
Você fica nessa arrogância de estudar latim e nada de parte 3 e final.
bebel, na boa... lança a parte 3 ai, cara!
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